sábado, 8 de maio de 2010

Ao meu amado secreto, Castro Alves.
Quantas loucuras fiz por teu amor, Antônio.

Vê estas olheiras dramáticas,

este poema roubado:

"o cinamomo floresceem frente do teu postigo.

Cada flor murcha que desce,

morro de sonhar contigo.

"Ó bardo, eu estou tão fraca

e teu cabelo é tão negro,

eu vivo tão perturbada,

pensando com tanta força

meu pensamento de amor,

que já nem sinto mais fome,

o sono fugiu de mim. Me dão mingaus,

caldos quentes, me dão prudentes conselhos,

eu quero é a ponta sedosa do teu bigode atrevido,

a tua boca de brasa, Antônio, as nossas vidas ligadas

Antônio lindo, meu bem,

ó meu amor adorado,

Antônio, Antônio.

Para sempre tua.

Adélia Prado

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